CRIANÇAS COM TEA
16 de Julho, 2024
Estratégias foram desenvolvidos por meio de bolsa de iniciação científica
A seletividade alimentar é um problema muito comum em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). De acordo com uma pesquisa da Universidade de Massachusetts, mais de 40% das crianças com TEA apresentam índices de recusa alimentar. Pensando nisso, uma estudante da Universidade Federal de Campina Grande ( UFCG ) desenvolveu, recentemente, duas soluções tecnológicas sustentáveis que prometem minimizar essa questão.
“Tratam-se de dois jogos cuidativo-educacionais com foco na seletividade alimentar de crianças com autismo”, explicou Kaline Oliveira , estudante do 10º período do curso de Enfermagem, campus Cajazeiras, que desenvolveu os projetos sob a orientação do professor Dr. José Ferreira Júnior .
Um dos jogos é a Bandeja Alimentar NutriTEA, que tem o objetivo de familiarizar as crianças com as frutas, motivando-as a experimentá-las através do estímulo tátil, visual, olfativo e gustativo.
“A bandeja apresenta espaços de encaixe de peças representativas de frutas, com suas cores e texturas. As crianças deverão identificar qual fruta está representada pela peça, bem como qual cor possui e, em seguida, fazer o encaixe no local correto. É interessante que, no momento do jogo, também estejam disponíveis as frutas representadas para que, a cada encaixe, as crianças as experimentem”, observa a estudante, adiantando que este jogo não terá, necessariamente, um vencedor. Contudo, poderá ser considerado vencedor aquele que experimentar um maior quantitativo de alimentos.
A outra solução é a Torre de Londres, um jogo associado a cartas contendo imagens dos principais alimentos rejeitados, segundo estudo realizado pela Associação de Pais e Amigos do Autista (APAA), do município de Cajazeiras, PB.
“A torre possui 12 problemas e a criança tentará resolver os problemas colocando as esferas na posição correspondente a que está na carta. Caso consiga, puxará uma carta e ganhará os pontos indicados se experimentar o alimento. Se a criança conseguir comer os alimentos, receberá a carta com a pontuação e será lida uma carta de incentivo. Porém, se ela não comer o alimento, não pontuará e deverá ser orientada sobre a importância do alimento para a sua saúde”, descreveu.
As tecnologias ainda estão em fase de validação, mas a estudante já adianta a intenção de validá-las e aplicá-las em breve. “Estas tecnologias me encantam por apresentarem grande importância social, com o potencial de beneficiar crianças com autismo, utilizando recursos que seriam descartados no lixo. Dessa forma, são tecnologias inovadoras, de baixo custo, que diminuem os impactos ambientais e podem transformar realidades, promovendo o bem-estar”, destacou Kaline, que é vinculada ao Grupo de Pesquisa Laboratório de Tecnologias de Informação e Comunicação em Saúde ( LATICS ).
Os produtos foram desenvolvidos no período de um ano, entre os meses de setembro de 2022 a setembro de 2023, durante a vigência do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), e contaram com a colaboração do técnico-administrativo Jose Roberto da Cunha Lucena , da Escola Técnica de Saúde de Cajazeiras ( ETSC ).
Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Campina Grande .
Fonte: Universidade Federal de Campina Grande. Imagem: Divulgação UFCG.
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